O desafio de fazer com que sua escola cresça.
Abordagens inicialmente utilizadas em processos criativos na concepção de novos serviços estão cada vez mais em prática nas salas de aula, e se o seu desafio é fazer com que sua escola cresça é hora de olhar isso com atenção.
Elaboramos este blogpost para te ajudar a entender este movimento e te dar algumas pistas de como começar a olhar de forma estratégica a formação do corpo docente.
Mesmo aluno, diferentes contextos e diferentes soluções
Em um mundo cada vez mais dinâmico, em que vivemos constantes mudanças de comportamento com grande influência das novas tecnologias, é essencial buscar novas ideias e abordagens educacionais que proporcionem um maior engajamento dos alunos.
“Cada vez mais é preciso problematizar o que se lê, tirar dúvidas com o professor, que passa a ter um papel de mediador, e testar o que se aprendeu na prática.”
As escolas, na tentativa de acompanhar este movimento fizeram grandes investimentos em softwares e equipamentos, como lousas eletrônicas e tablets e na sequência em ambientes virtuais de aprendizagem, como é o caso dos games educativos. Entre sucessos e fracassos, logo se percebeu que sem uma mudança efetiva no mindset do professor todos estes investimentos não resultariam em mudanças na dinâmica da sala de aula.
A diferença está na mudança de protagonismo, é isso que se espera!
A mudança que se espera busca construir cenários mais motivadores e instigantes, colocando o aluno como personagem principal, engajado no processo de ensino e aprendizado.
Porém o modelo mais conhecido e praticado nas instituições de ensino é aquele em que o aluno acompanha a matéria dada pelo professor por meio de aulas expositivas, com aplicação de avaliações e trabalhos. O docente é o protagonista da educação.
Tudo aponta para a necessidade de se rever a postura do educador, na forma como mobiliza seus alunos em torno do aprendizado, na forma de avaliar e de como são valorizadas as experiências prévias. É possível construir uma nova dinâmica na sala de aula, onde o aluno é o maior responsável pelo processo de aprendizado.
Você já ouviu falar em Storytelling, Storyboard, Double Diamond?
São abordagens e ferramentas para gerar ideias, organiza-las e dinamizar o processo de construção de soluções inovadoras. Estas abordagens já são muito utilizadas no marketing para o desenvolvimento de produtos, serviços e negócios. No contexto deste texto a ideia é apoiar o professor no processo de inovação de sua aula, sabemos que existem outras abordagens, mas escolhemos começar por estas.
“Estas ferramentas devem ser consideradas como uma “abordagem” e não como uma metodologia. Pois quando se fala em metodologia, logo as pessoas criam a expectativa de que vão aprender um passo a passo, uma receita de bolo. E não é bem esse o caso”
Storytelling
É uma forma de gerar uma narrativa sobre o seu produto e o que ele resolve, deixando todas as pessoas que estão lendo, ouvindo ou assistindo interessadas no assunto e sintonizadas com sua informação. Todos nós gostamos de ouvir boas histórias! O objetivo desta ferramenta é comunicar de forma clara, envolvendo o público por meio de uma história.
Utilizando esta forma de narrativa você vai conseguir engajar seus alunos, você pode começar propondo a seus alunos que apresentem suas ideias se organizando da seguinte forma:
Era uma vez…
Um certo dia…
Por causa disso…
Todos os dias…
Por causa disso…
Até que finalmente…
Storyboard
É uma apresentação visual da sua ideia, ele permite que os alunos visualizem os recursos, atividades e consigam entender toda a história que está sendo contada. O professor pode se utilizar de desenhos, colagens, fotografias ou qualquer outra técnica visual disponível e envolver seus alunos na explicação. Mas não somente o professor pode se utilizar desta técnica, os alunos podem ser convidados a apresentar um projeto se utilizando desta técnica.
Para se aplicar esta abordagem é preciso ter uma ideia bem definida do que se quer comunicar e testar, elabora-se um roteiro, em seguida se separa a história em seções levando em conta as técnicas visuais que estão disponíveis. O importante aqui é representar visualmente o que se deseja comunicar.
Storytelling x Storyboard
Esses dois conceitos formam uma parceria muito interessante. É comum que o resultado da aplicação de ambos se transforme em um vídeo. Quando criamos um bom storyboard contamos uma boa história e com animação tudo fica muito atraente.
Unir ambos e propor este desafio aos alunos pode ser uma forma de engaja-los na atividade. Além disso, quando se aprende a contar histórias por meio das animações, você é desafiado a utilizar movimentos e símbolos para transmitir efetivamente a essência da sua mensagem. No fim das contas, o objetivo é fazer uma narrativa com significados, que expressa uma mensagem de alto impacto.
Afinal, o que é o Double Diamond?
O Double Diamond é um método do Design Thinking. Ele é utilizado quando precisamos gerar ideias que saiam do senso comum, mas sem se perder neste processo, como acontece em sessões de brainstorming convencionais. O processo é dividido em quatro etapas: descoberta, definição, desenvolvimento e entrega.
Visualmente, esta técnica se assemelha ao formato de dois diamantes. É como se você pegasse a sua ideia e começasse a abrir um monte de possibilidades e depois começa a refinar, fechando as ideias de forma organizada.
Etapa de divergências (criar opções) x etapa de convergência (fazer escolhas)
Resumidamente, o duplo diamante nos auxilia a gerar ideias, decidir o que é relevante, a refinar as ideias e projetar uma forma de solução para o problema proposto.
Na primeira face, você tem uma fase de pesquisa (construir opções, divergir) e uma de definição (convergir), você vai organizar um pouco melhor suas ideias de forma a agrupar aquilo que é mais parecido e definir o que é mais relevante e concluir o que é mais viável dentro do desafio proposto e o que você pode criar com os recursos disponíveis.
Na segunda face, olhando a terceira etapa do processo, você vai explorar e aperfeiçoar os resultados obtidos (divergir), vai desenvolver um pouco mais cada uma das ideias que você definiu como viáveis na etapa anterior, e vai pensar como você vai fazer aquilo para na sequencia trabalhar como vai entregar(convergir) um protótipo da solução.
Existem várias interpretações para esse duplo diamante, mas no fim das contas é tudo sobre você fazer primeiro um grande levantamento de ideias, refinar e trabalhar para entrega de um produto.
How Might We
How Might We, é uma ferramenta muito legal utilizada por designers e que vai te ajudar a buscar soluções para problemas, está focado nas perguntas que você deve fazer.
“A pergunta certa é geralmente mais importante do que a resposta certa à pergunta errada” Alvin Toffler.”
Utilizando post its você vai se perguntar “como nós poderíamos fazer tal coisa (CPF)”, você vai pegar um post it e registrar a frase “como posso fazer tal coisa” e tentar não ser tão abrangente.
A sugestão é que você utilize esta ferramenta depois que você fizer a pesquisa, é um exercício divertido e as pessoas se engajam nas sugestões.
Quer se aprofundar no assunto? Leia mais sobre o tema no blogpost Metodologias Ativas e Diferencial competitivo ou conte com o apoio de um especialista para te ajudar a aplicar isso já! É só clicar aqui: fale com um especialista.